Estudos realizados demonstram que as crianças são menos suscetíveis à Covid-19, com uma incidência de aproximadamente 4%. Mas, especificamente com relação às crianças com doença cardíaca, frente ao coronavírus, não existem estudos suficientes até o momento para comprovar o verdadeiro risco que elas correm.

Para Dra. Isabela Rangel, Diretora Médica da Pro Criança Cardíaca, “mesmo com muitas dúvidas sobre o comportamento dessa nova doença, principalmente em nosso país, podemos separar dois grupos de risco entre as crianças cardiopatas, tomando como base outras infecções respiratórias semelhantes”:

RISCO SEMELHANTE AO DA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA GERAL:
Cardiopatias congênitas ou adquiridas sem repercussão hemodinâmica, e cardiopatias corrigidas cirurgicamente ou por cateterismo com bom resultado (paciente clinicamente bem).

FAZEM PARTE DO GRUPO DE RISCO PARA COVID-19:
Cardiopatias congênitas ou adquiridas que apresentem repercussão hemodinâmica significativa (insuficiência cardíaca, hipertensão arterial pulmonar ou hipoxemia), e cardiopatias que já foram submetidas à correção cirúrgica mas mantêm sinais de insuficiência cardíaca, hipertensão arterial pulmonar, hipoxemia.

“Em relação ao uso de medicações nas crianças com doença cardíaca, durante o período da pandemia, os pais devem seguir as orientações do médico de sua confiança”, destaca Dra. Isabela.

Referências:
– World Health Organization, Coronavírus disease (Covid- 2019) – Situation Reports
– A CRIANÇA COM CARDIOPATIA NOS TEMPOS DE COVID-19 – Posicionamento oficial conjunto (SBP, DCC/CP, DCCVPed )
– SARS-Coronavirus 2/COVID-19: An Update on the Current Situation