A mãe e o pai de Bruna Delgado são analistas de sistemas, a irmã é engenheira, tem avós professores, tios concursados… Era normal que, sendo uma estudante de Direito, a expectativa fosse a de Bruna fazer um concurso depois de formada ou trabalhar em escritórios de advocacia. Mas como, se ela não se identificava com nenhum dos dois mundos?
Já contratada por uma empresa do ramo de auditoria e, após sair de um evento, pegou carona com uma pessoa e comentou que queria trabalhar num lugar que a realizasse mais. Pouco tempo depois, essa mesma pessoa ficou sabendo da vaga no Departamento Jurídico do Pro Criança Cardíaca e avisou Bruna. “Comecei a ver a descrição dos pré-requisitos e tudo tinha a ver comigo, embora nunca havia pensado em trabalhar numa Organização Não Governamental antes. Fiz a entrevista e recebi a notícia da aprovação na véspera do meu aniversário, para começar dois dias depois”, relembra, com alegria.
Há um ano e oito meses, Bruna entrava para a equipe de colaboradores do Pro Criança. “As pessoas me viam tão feliz, tão animada no início que dizia: ‘Claro, é normal todo início é assim’. Só que, passado quase dois anos, chego para trabalhar da mesma forma. Nunca imaginei que seria assim com o trabalho, quando crescemos ouvindo que devemos ganhar dinheiro durante o dia e ser feliz depois das 18h. Ser feliz depois das 18h é muito pouco e ainda bem que consegui unir sobrevivência e prazer aqui no Pro Criança”, conta Bruna, que é carioca e tem 26 anos e, além de trabalhar na instituição, faz MBA em Governança Corporativa e Compliance pela Mackenzie.
Vamos conhecer um pouco mais sobre ela?
1 – Qual seu filme favorito?
Não sou muito de filmes, mas uma das séries que assisti recentemente e que adorei foi “O Gambito da Rainha”. Achei incrível como a paixão por algo pode transformar a vida de uma pessoa. Não conseguia parar de ver até o último episódio.
2 – Que comida faz você suspirar?
Brigadeiro é o campeão. Sou do tipo que troco refeição por doce, sou formiga mesmo.
3 – No seu tempo livre você gosta de….
Tenho gostado muito de pintar, comecei na quarentena como válvula de escape. Eu me encantei pela aquarela. De vez em quando posto no meu Instagram, mas é mais para guardar mesmo. Meu objetivo não é que fique bonito, mas que meu sentimento saia pelo pincel, pelas cores.
4 – Que pessoa você admira muito?
Frida Khalo (pintora mexicana). A força que ela teve para superar tudo o que passou foi incrível. É uma personalidade que me inspira.
5 – Que sonho já virou realidade?
Tenho dois principais: entrar para a UFRJ e montar minha casinha com meu namorado.
6 – Qual sonho quer realizar?
Tenho muitos, um deles é me tornar referência em compliance e governança.
7 – O que você mais gosta em você?
Sem dúvida, minha determinação. Tem gente que me acha cabeça dura, mas eu não desisto. E eu sou muito otimista, tenho certeza de que eu vou conseguir e isso me faz ter mais leveza no processo.
8 – Que frase inspira sua vida?
“O que te trouxe até aqui não te levará até lá”, de Marshall Goldsmith. Na época em que li isso eu estava paradona e foi um divisor de águas. Pensei: “Se eu estou fazendo exatamente igual, como quero ter resultados diferentes?”. Não gosto de uma rotina monótona, por isso sou feliz aqui no Pro Criança, lido com vários assuntos diferentes, não sei como será o dia seguinte, o cotidiano aqui é bastante dinâmico.
9 – Ajudar os outros é…
Vejo isso como uma obrigação. Minha avó sempre falava que quem não nasce para servir, não serve pra viver. Ajudar, para mim, é o mínimo que podermos fazer para retribuir o que a gente tem.
10 – Trabalhar no Pro Criança é…
O Pro criança ressignificou o que estudei na faculdade. Saí desiludida com o Direito e, quando cheguei aqui vi que poderia ajudar as crianças carentes fazendo o que eu faço: elaborando contratos, cuidando da estrutura de governança da ONG. Com o trabalho integrado de todos os setores, os resultados são palpáveis no final do mês, podemos constatar que ajudamos a salvar vidas. Tenho muito orgulho de estar aqui.
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