O Pro Criança Cardíaca conquistou a nona colocação no “Prêmio Respeito e Diversidade”, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, com seu Projeto Voluntário de Odontologia. Entre os quesitos avaliados estão o Impacto Transformador Social e Inovação e Criatividade.

O resultado teve sabor especial para o Pro Criança porque o perfil das instituições participantes, em sua maioria empresas jornalísticas, era distinto do perfil do Projeto. “Acreditamos que todo movimento vale a pena. Nosso propósito é nos colocarmos à prova em prol da melhoria contínua do atendimento às crianças e adolescentes cardíacos carentes e no serviço de transformação da sociedade a partir de acessos mais igualitários”, afirma a diretora médica do Projeto, Dra. Isabela Rangel.

Em 2003, o Projeto Voluntário de Odontologia para o tratamento de crianças e adolescentes carentes foi instaurado no Pro Criança pelo dentista Pierre Gentil, responsável por montar a equipe voluntária e inaugurar Consultório Odontológico na sede da instituição.

Atualmente, o voluntariado conta com oito dentistas que atendem gratuitamente pacientes e tem o objetivo de garantir plena saúde bucal e evitar que bactérias atinjam o coração. Dr. Pierre destaca a importância de pacientes cardiopatas manterem higiene bucal adequada, uma vez que têm maior chance de adquirir infecções.

A instituição tem ainda a responsabilidade de instruir crianças e familiares, através de cartilha educativa, para que entendam o cuidado que devem tomar e evitem a endocardite infecciosa.

Até junho de 2021 foram realizados 5.500 atendimentos odontológicos. Além de proporcionar um sorriso saudável a pacientes de extrema carência socioeconômica, a instituição oferece cestas básicas, medicamentos, kits de higiene bucal e muitos sorrisos e acolhimento e acredita na multidisciplinaridade do cuidado. Dermatologia, Nutrição e Psicologia são outras frentes dessa atenção aos pacientes.

Em 25 anos, comemorados neste mês de setembro, o Pro Criança Cardíaca tem entre seus atendimentos 15 mil pacientes e a realização de 32 mil consultas cardiológicas, além de 1.500 procedimentos invasivos (cirurgias cardíacas e cateterismos).