Você sabia que o Governo do Estado disponibiliza uma vacina chamada Palivizumabe que, em 2016, reduziu em até 48% as internações de lactentes com doença pulmonar crônica da prematuridade ou com doenças cardiológicas?

A vacina não está disponível para qualquer criança. É preciso comprovar o alto risco de Bronquiolite Viral Aguda (BAV) nos pequenos – doença do trato respiratório inferior mais comum em menores de dois anos de idade causada, na maioria das vezes pelo vírus sincicial respiratório (VSR).

Recém-nascidos pré-termo, portadores de cardiopatia congênita, doença pulmonar crônica, desnutridos ou com imunodeficiência apresentam maior risco de adquirirem a forma grave da doença. Aí sim é indicada a vacina contra a infecção pelo VSR.

A Palivizumabe é administrada em até cinco doses, a cada 30 dias, no período de sazonalidade (maior circulação do vírus VSR), que vai da primeira quinzena de março à primeira quinzena de agosto de cada ano. Ou seja, é na chegada do outono que aumenta o número de casos de crianças com bronquiolite. No Brasil, a prevalência do VSR varia de 21 a 67,8%, de acordo com dados mais recentes, de 2017.

Para Dra. Rosa Celia, presidente da Pro Criança Cardíaca, a prevenção tem papel fundamental na incidência da bronquiolite, já que os vírus causadores são transmitidos através de secreções, como a coriza e a saliva, por meio do contato direto com a criança ou de materiais contaminados.

“É importante que as famílias e a comunidade em geral conscientizarem-se da necessidade de lavar bem as mãos antes de lidar com qualquer criança, incluindo em sua rotina o uso de álcool gel. Também é recomendado evitar a exposição dos lactentes aos ambientes com grande circulação de pessoas (como shopping, supermercados, festas) e o contato próximo com pacientes suscetíveis, especialmente recém-nascidos e lactentes pequenos, em caso de apresentarem qualquer sinal ou sintoma de infecção de vias aéreas”, avisa a médica.