PRO CRIANÇA CARDÍACA COMEMORA A MANUTENÇÃO DE PROCEDIMENTOS E A COLABORAÇÃO DAS FAMÍLIAS PARA MANTER ESTOQUES DE SANGUE

Doação de sangue é sinônimo de vidas salvas. E, para celebrar os voluntários, estes que também são tão fundamentais na rotina da Pro Criança Cardíaca, o Dia Nacional do Doador de Sangue, em 25/11, marca uma das datas mais importantes de novembro. Cada bolsa cheia por um voluntário durante esse ato de amor tem a capacidade de beneficiar outras quatro pessoas.

Em 2020, as dificuldades em manter o estoque de sangue aumentaram e a conscientização em torno do tema ganhou reforço; a saúde daqueles que necessitam, inclusive em meio à pandemia, não pode esperar: acidentes, assim como cirurgias de emergência continuam acontecendo e, agora, também as eletivas.

A diretora médica da Pro Criança Cardíaca, Dra. Isabela Rangel, comemora por não terem passado dificuldades extras. “Não tivemos suspensão de cirurgias cardíacas ou cateterismos por ausência de sangue e seus derivados. Há um trabalho intenso de conscientização sobre a importância da doação com os familiares das crianças e adolescentes que estão na fila por um procedimento invasivo, valorizando o ato de ajudar ao próximo”, explica ela. Na cardiologia, cada procedimento pode necessitar de três a cinco doadores. “Na maioria das vezes, as doações superam as nossas expectativas”, comemora.

Doação em tempos de coronavírus

  • Pessoas que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos confirmados de infecções pelo coronavírus ficam inaptas para a doação por 14 dias após o retorno destes países;
  • Casos confirmados de contaminação pelos vírus ficam impossibilitados de doar por 30 dias após completa recuperação;
  • Quem teve contato nos últimos 30 dias com quem apresentou diagnóstico clínico ou laboratorial de infecções pelo vírus não podem doar nos 14 dias seguintes ao último contato com essas pessoas;
  • Pessoas que permaneceram em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica devido a sintomas de possível infecção pelo coronavírus ficam inaptas pelo período que durar o isolamento (no mínimo 14 dias) se estiverem assintomáticos.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Hemorio entrou em estágio crítico no mês de outubro e registrou redução de 10% nas doações em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os hemocentros do país estão com campanhas nesta data para estimular as doações.

Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50kg, estar bem de saúde. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais. Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à coleta do sangue.

Os voluntários não podem ter tido hepatite após os 10 anos, nem estar expostos a doenças transmissíveis pelo sangue, como sífilis, Aids, hepatite e doença de Chagas. Mulheres grávidas ou amamentando e usuários de drogas também não podem doar sangue.

Dra. Isabela Rangel lembra ainda que nas datas festivas há uma diminuição das doações e grande necessidade de manter os bancos de sangue abastecidos.