Não é só Yolanda Padilha, Gerente Financeira do Pro Criança Cardíaca, que gosta de sua própria determinação. Quem conversa com ela sai encorajado, experimenta uma injeção de potência e vontade de insistir e persistir nos objetivos e sonhos. Yolanda é puro gosto pela vida e claro, uma mulher que não foge à luta. “Uma coisa eu tenho certeza: quando a gente quer a gente faz, mas nada é de graça”, diz, enquanto conta sua história para o blog.

Nascida no Rio, Yolanda é filha de Maria Amelia e Manoel Carlos (ele, já falecido), e teve apenas uma irmã, Mirza, que faleceu aos 48 anos. “Tive uma infância e adolescência muito duras. Comecei a trabalhar aos 12 anos numa fábrica, o que me dá bastante orgulho, porque foi com muito trabalho e esforço que cheguei onde estou, aprendendo tudo o que está ao meu redor, fazendo mais do que o necessário. Sempre gostei demais de trabalhar”, destaca.

Yolanda foi casada e se separou, tentou realizar o sonho de ser mãe, mas não aconteceu. Aos 38 anos começou uma nova relação, casou-se e engravidou aos 40 anos. “Foi a maior e melhor alegria da minha vida. Depois, aos 47 anos, engravidei novamente do pai das minhas filhas. Como tenho diabetes, as pessoas diziam que eu era louca, mas tirei de letra. Minha cabeça sempre foi meu mestre e minha fé. Minha certeza interior era tão grande… E, além disso, do jeito que elas nascessem seriam imensamente amadas”, revela.

Hoje, essa mãe realizada tem 60 anos, uma filha de 12, a Mariana, e outra de 18, a Ana Júlia, que quer estudar Medicina. “As duas são um presente, são excepcionais. Todo mundo diz que adolescente dá trabalho, mas não passei por isso. Elas são minhas amigas, parceiras, trocam, falam a verdade, como eu direcionei. Gosto de estar sempre presente, quero saber com quem está, onde vai, são cuidados que eu tenho apesar de passar o dia todo trabalhando. Os pais precisam conhecer os amigos, acompanhar a escola, o estudo, observar as dificuldades, alguma mudança de comportamento, temos que prevenir porque depois que alguma coisa fica grave não adianta chorar”, reflete.

Outro motivo de orgulho é o respeito que as filhas têm pelos mais velhos. As três vivem com a mãe de Yolanda, que tem 84 anos. “Minha mãe é exemplo de vida, veio do interior, teve pouco estudo, mas sempre resolveu tudo, proporcionando educação e cuidando da saúde de suas filhas, sempre com retidão. Eu me espelho nela, que nos passou a lição de que se não tínhamos algo teríamos que trabalhar para conquistar, nunca cobiçar o que é do outro”. Além dessa forte referência, Yolanda ainda é virginiana, signo conhecido por ser crítico, detalhista, perfeccionista. “Sou crítica comigo e com os outros. Não consigo ver nada errado, ver que algo vai acontecer sem que eu aponte”.

Não por acaso, há 12 anos, ela foi contratada para ser secretária no Pro Criança, após três meses já estava no Financeiro e com um ano de casa foi promovida a gerente do departamento.

“Minha segunda filha era recém-nascida, a empresa onde eu trabalhava há 13 anos havia falido, eu já tinha uma certa idade, só o marido sustentando a casa, a situação era delicada. Uma amiga me falou da vaga, a Mitzy Cremona, diretora executiva do projeto, confiou na indicação. O Pro tinha acabado de comprar um novo software e surgiu a oportunidade de organizar a casa implantando esse sistema novo. Na época, fiz toda a classificação financeira, segreguei receitas, tipos de doadores, tipos de ações da comunicação e do marketing, contas fixas, era um universo muito novo, não tinha trabalhado antes no terceiro setor. Graças à Deus, nunca deixei de pagar um boleto em todos esses anos, resultado de esforço, dedicação, atenção. O cuidado com meu trabalho é o mesmo, todos os dias. Parece que eu entrei ontem no projeto. Tenho muito a agradecer à Mitzy por tudo que já fizemos juntas, por exemplo, termos ‘pegado’ do chão o Hospital Pediátrico Pro Criança Jutta Batista”.

Yolanda conta que o Pro Criança deu uma guinada depois da pandemia: “Eu digo que o projeto voou. Houve uma mudança interna imensa com a questão da governança humanizada”, diz.

Foi aí, segundo ela, que surgiu a necessidade de uma pessoa que pudesse cuidar de todas as áreas da empresa e o Pro contratou o controller Gabriel Buzzi. “Ele já conhecia o projeto e o hospital e veio para ensinar muito, fazer projeções, fluxo de caixa, orçamentos, tenho aprendido bastante com meu chefe, que tem uma bagagem incrível e um bom humor mais incrível ainda. Hoje, trabalhamos juntos na mesma sala os profissionais da Contabilidade, do Financeiro e da Controladoria. É uma equipe maravilhosa e divertida!”.

Yolanda comemora também uma nova formação, a de Tecnóloga em Gestão Financeira, incentivada pelo Pro Criança. “É puxado, cansa, mas estou e sou bem feliz. O trabalho me trouxe estabilidade, achei o meu caminho na área financeira. Tenho orgulho do que eu fiz, do que eu faço e do que ainda posso fazer”, completa.

Chegou a hora de saber um pouco mais da Yolanda!
Com vocês, nosso ping-pong querido:

Qual seu filme favorito?

Um filme que me marcou muito, chorei e ri, foi o “Intocáveis”, inspirado numa história real. O que mais me tocou foi a troca entre o cuidador e o paciente, mesmo sendo pessoas de classes sociais tão diferentes, eles aprendem um com o outro. O mundo é isso, é mão-dupla, eu passo o que eu sei e aprendo com você o que você sabe. Todo mundo tem o que ensinar e todo mundo precisa aprender, das coisas mais simples – como passar adiante uma dica que você descobriu sobre o Excel, qualquer coisa, devemos passa para frente. Poder dar um pouco do seu tempo, do seu ouvido, do seu abraço, do seu conhecimento,

Que comida faz você suspirar?

Carne de porco é dos deuses. Tudo o que envolver costela, carré, pernil, bacon, eu amo.

No seu tempo livre você gosta de…
Adoro me encontrar com os amigos e dar boas gargalhadas, se tiver uma cervejinha gelada é melhor ainda. Tenho amizades de 20 anos, prezo muito. Às vezes escuto o que não quero, às vezes tenho que falar o que não quero, mas amigo é isso. São anjos da guarda que escolhemos. Gosto de ir à praia, caminhar, sempre com a minha turma. A pandemia quebrou um pouco isso, mas vamos retomar. E, é claro, amo ficar com as minhas filhas e com minha mãe.

Que pessoa você admira muito?
Meus pais. Por mais dificuldades que tenhamos passado, continuamos juntos, unidos, o amor e o respeito sempre prevaleceram e a gratidão pelo que tínhamos, pouco ou muito. São figuras importantíssimas na minha vida.

Que sonho seu já virou realidade?
Ser mãe, sem dúvida alguma.

Qual sonho quer realizar?
Meu maior sonho é formar minhas filhas em pessoas do bem, que vejam o próximo, tenham empatia e se doem, que caminhem na retidão, sejam honestas e independentes. É difícil educar. Essa é minha meta agora.

O que você mais gosta em você?
Da minha determinação. Nunca diga para mim que eu não vou conseguir. Tudo o que eu quis fazer, eu fiz. Por dedicação, por teimosia, sabendo errar, tentar de novo, acertar. Nunca desisti, nunca. Sou extremamente determinada.

Que frase inspira sua vida?
O Chico Xavier disse: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Errou, levanta, muda, mas vai. Não é “eu sou assim, vou morrer assim”. A gente pode mudar, melhorar, aprender. Se não tá legal, muda. Eu sou a mais velha no Pro Criança, ao mesmo tempo sou das que mais se adequaram aos novos processos da empresa porque era necessário. Eu mudei bastante, principalmente nesses dois anos de pandemia.

Ajudar os outros é…
Ajudar o outro é a razão da gente estar por aqui. A gente veio para cá com a missão de ajudar o outro para progredir espiritualmente, para trabalhar os maus sentimentos, para ter um olhar fraterno, cristão. A gente colhe exatamente o que planta, tudo volta. Se não gostamos de alguém podemos nos afastar, nunca fazer o mal. Oro para as pessoas com as quais tenho alguma dificuldade de relacionamento, aprendi na religião espírita e funciona.

Trabalhar no Pro Criança é o que …
A palavra que mais expressa o que sinto é gratidão. Sou uma gotinha nesse oceano que faz o bem, que dá vida a uma criança que não teria escolha, não teria chance. E faz isso com amor. Não é só uma cirurgia, mas todo um cuidado com a criança, com a família, é lindo de ver. Em todo o lugar que estou, com meus amigos, no Uber, eu falo do Pro Criança que, além de tudo isso, é uma empresa que está sempre dentro da lei, que nunca deixa de pagar um imposto. Tenho admiração imensa pela Dra. Rosa e pelo Dr. Paulo, meu diretor financeiro, que sempre está nos bastidores e é uma pessoa correta, que me ensina muito a cumprir a missão do Pro Criança com transparência e honestidade. Quero “pagar” tudo isso da mesma forma: sempre com muito trabalho, cuidado, carinho, amor ao que eu faço.