Hoje, 31 de março, Dia Mundial da Saúde e Nutrição, fizemos uma seleção de dicas super úteis e específicas para crianças, compartilhadas pela nossa Maria Eugênia Deutrich Aydos – nutricionista do Pro Criança Cardíaca – em seu perfil maravilhoso no instagram: @mariaeugenianutri . A gente ama acompanhar os posts e recomenda muito às famílias. 

Aproveite!

A rotina alimentar é importante?

Com certeza. A rotina é fundamental para o desenvolvimento da criança em diversas áreas, inclusive quando falamos de alimentação. Quando essa rotina é seguida pela família toda, ela torna-se ainda mais eficaz.

A criança deve ser habituada a ter intervalos regulares entre as refeições. Além disso, é importante não oferecer “lanchinhos” nesses intervalos para que eles não interfiram no apetite na hora de comer. É claro que não estamos falando de horários rígidos e sem exceções. A orientação é válida para o dia a dia.

Lembre-se também que haverá momentos em que a criança estará com menos fome, talvez um pouco incomodada ou com outros sintomas que vão interferir na rotina alimentar. E tudo bem. É importante também saber compreender os pequenos e respeitar os sinais que eles transmitem para nós.

Comer assistindo TV ou tablet. Pode?

É muito comum ter uma televisão na cozinha, assistir um programa na hora das refeições e comer vendo TV. Mas como isso afeta a relação dos seus filhos com a comida?

Muitas crianças,  atualmente, já nascem grudadas nas telas, seja a da TV ou do celular. Contudo, a alimentação junto com a telinha desconecta a criança desse tempo em família e do momento de comer.

A distração dos aparelhos digitais atrapalha a percepção de fome e saciedade, impede de prestar atenção nas texturas e sabores e também tira o foco da mastigação. A resposta está em limitar desde cedo o uso das telas e excluí-las na hora da refeição.

Incentive a relação dos seus filhos com a comida, deixe-os escolher no mercado, cozinhe com eles e deixe que eles mexam nos alimentos. O importante é conseguir se conectar com a hora de comer.

Quais lanches o seu filho NÃO DEVE levar para a escola?

Precisa preparar algo para a hora do lanche no colégio e não tem tempo para investir numa opção saudável? Acredite, apostar nos lanches industrializados vai te dar bem mais trabalho a longo prazo.

Ao acostumar a criança com os ultraprocessados, os hábitos alimentares dela serão baseados em um paladar que precisa de muito açúcar, sódio e gordura, ou seja, ela vai se tornar muito mais seletiva. Além disso, o consumo desses alimentos causa doenças, como o excesso de peso, hipertensão, colesterol e diabetes.

Vamos combinar de, na hora de fazer a lancheira, evitar:

– Refrigerante;
– Suco de caixinha;
– Bisnaguinha;
– Biscoito recheado;
– Bolinhos industrializados;
– Salgadinhos;
– Balas.

Que tal adaptar para sanduíches naturais, bolinhos caseiros, sucos feitos em casa e frutas?

Tomar novamente o controle dos hábitos alimentares é possível e, aos poucos, podemos inserir novos alimentos mais saudáveis para atingir esse objetivo. Reservar um tempinho do dia para cuidar da saúde do seu filho pode salvar muito tempo no futuro.

Repita comigo: qualidade é melhor do que quantidade

O seu filho sabe o quanto deve comer! Confie que ele irá apresentar fome e interesse nos alimentos, mas lembre-se de dar a ele apenas aquilo que tem qualidade. Não adianta oferecer comidas industrializadas ou lanchinhos que você sabe que ele aceita em grande quantidade. Isso vai atrapalhar seus hábitos alimentares em curto e longo prazo.

É melhor se preocupar com a qualidade, e depois, a quantidade se acerta! Vamos cuidar para que no futuro, o que agrade ao paladar dele seja aquilo que faz bem para sua saúde.

O papel dos pais não é determinar o tamanho das porções e a hora de parar de comer. Mas, sim, proporcionar alimentos de qualidade para os seus filhos. Portanto, incentive sua criança a experimentar diferentes alimentos, interaja com ela durante a refeição e, principalmente, dê o exemplo, se alimentando bem perto dela.

Se você conseguir criar bons hábitos alimentares com o seu filho, ele crescerá tendo uma boa relação com a comida. Isso fará com que ele tenha menos risco de ganhar peso em excesso ou de desenvolver distúrbios alimentares.

Cuidar da alimentação de uma criança não é uma tarefa fácil, portanto, peça ajuda a uma nutricionista materno-infantil!